quarta-feira, 20 de maio de 2015

Não Podemo Se Entregá Pros Home - Osvaldir e Carlos Magrão



O gaúcho desde piá vai aprendendo

A ser valente, não ter medo, ter coragem.
Em manotaços do tempo e em bochinchos
Retempera e moldura sua imagem.

Não podemo se entrega pros home
De jeito nenhum, amigo e companheiro.
Não tá morto que luta, quem peleia.
Pois lutar é a marca do campeiro.

Com lança, cavalo e no peitaço.
Foi implantada a fronteira deste chão
Toscas cruzes solitárias nas coxilhas
A relembrar a valentia de tanto irmão.

E apesar dos bons cavalos e dos arreios
De façanhas, garruchas, carreiradas
A lo largo o tempo foi passando
Plantando novo rumo em suas pousadas

Vieram cercas, porteiras, aramados
Veio o trator com seu ronco matraqueiro
E no tranco sem fim da revolução
Transformou a paisagem dos potreiros

E ao contemplar o agora de seus campo
O lugar onde seu porte ainda fulgura
O velho taura dá de rédeas no seu eu
E esporeia o futuro com bravura.





Artista: Osvaldir e Carlos Magrão
Composição: Humberto Zanatta, Francisco Alves e Francisco Scherer

Nenhum comentário:

Postar um comentário